País acolhe fórum Internacional sobre cultura de paz na África Ocidental

A notícia abaixo mostra que ainda existem muitos problemas relacionados a diversidade e a identidade culturais, religiosas e étnicas no continente africano. O fórum, realizar-se-á nos dias 4 e 5 de junho, em Abidjan,  organizado pela Unesco, irá discutir a cultura da paz e da não violência para a África.

Agência AngolaPress - 03-06-2012 8:39 Côte d'Ivoire
País acolhe fórum Internacional sobre cultura de paz na África Ocidental 
Bandeira da Côte d'Ivoire
Bandeira da Côte d'Ivoire

Abidjan - Um fórum internacional de reflexão sobre a cultura da paz na África Ocidental realizar-se-á de 4 a 5 deste mês, em Abidjan, sob a égide da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e do Centro de Estudos e Prospectiva Estratégica (CEPS).
Segundo um comunicado, o encontro visa identificar pistas de acção para a cultura da paz em África.
Diferentes mesas redondas serão organizadas em torno das problemáticas como a diversidade e a identidade culturais, religiosas e étnicas, bem como o papel dos actores tradicionais nos mecanismos endógenos de prevenção e resolução dos conflitos; o papel dos actores económicos ou ainda o da Sociedade Civil e da diáspora africanas.
Entre os intervenientes anunciados figuram a sub - directora -geral para África da UNESCO, Lalla Aïcha Ben Barka, a ex - Primeira -ministra francesa, Edith Cresson, o delegado - geral do CEPS, Loic Tribot de la Spiere, o presidente da Comissão para o Diálogo, a Verdade e Reconciliação na Côte d'Ivoire (CDVR), Charles Konan Banny,  a secretária - geral de Manu River Union, Hadja Saran Dabara, o presidente do Banco Oeste Africano de Desenvolvimento (BOAD), Christian Adovelande, e Doudou Diène, ex - relator especial da ONU sobre as formas contemporâneas de racismo, de discriminação racial, de xenofobia e de intolerância.
Este fórum, organizado no âmbito do programa da UNESCO para uma cultura da paz e da não-violência, é o primeiro de uma série de reuniões cujo objectivo é responder às necessidades e expectativas dos países africanos, nomeadamente os que se encontram em situação de crise, de conflito ou de pós-conflito.
Estas reuniões deverão culminar na realização, em 2013, de um fórum regional para a cultura da paz em África, a ser organizado à margem da cimeira dos chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA).
A África Subsaariana não pode manter seu atual indice de crescimento econômico se não acabar com a fome que afeta mais de 200 milhões de pessoas na região, advertiu nesta terça-feira o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) em Nairóbi.
"Os impressionantes índices de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) na África não se traduzem na eliminação da fome e da desnutrição. O continente necessita de um crescimento inclusivo e de políticas centradas nas pessoas e na segurança alimentar", afirmou a administradora do Pnud, Helen Clark, em comunicado.
Essas declarações marcaram a apresentação do "Relatório do Desenvolvimento Humano de África 2012: Em direção a um futuro de segurança alimentar", elaborado pelo Pnud e divulgado hoje na sede da ONU na capital queniana.
O documento aponta que a desnutrição afeta um quarto dos 856 milhões de habitantes da África Subsaaariana, que continua sendo "a região de maior insegurança alimentícia do mundo". "Neste momento, mais de 15 milhões de pessoas estão em risco somente em Sahel (...) um número similar ao registrado no Chifre da África, que continua sendo vulnerável após a crise alimentícia do ano passado em Djibuti, Etiópia, Quênia e Somália", ressalta o texto.
Essa situação entra em contradição com "as elevadas taxas de crescimento registradas na África Subsaariana nos últimos anos, algumas delas entre as mais rápidas do mundo, e com as melhorias da esperança de vida e da escolarização, que não resultaram em uma melhora da segurança alimentar".
Além disso, o relatório ainda exalta "um duro paradoxo: em um mundo com excedente de comida, a fome e a desnutrição continuam onipresentes em um continente com grandes recursos agrícolas", disse o diretor do Pnud para a África, Tegegnework Gettu.
De acordo com Clark, a construção de um futuro com segurança alimentar na África só será conquistado se "os esforços incluírem todas as políticas de desenvolvimento". Nesse sentido, o relatório pede que sejam aplicadas ações "imediatas", como o aumento da produção agrícola e uma maior justiça social.
A segurança alimentar, segundo a definição esgrimida na Cúpula da Alimentação de 1996, significa que "as pessoas devem ter acesso de maneira consistente e suficiente à comida nutritiva para satisfazer suas necessidades e poder levar uma vida saudável", lembra o relatório.
A África Subsaariana não pode manter seu atual indice de crescimento econômico se não acabar com a fome que afeta mais de 200 milhões de pessoas na região, advertiu nesta terça-feira o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) em Nairóbi.
"Os impressionantes índices de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) na África não se traduzem na eliminação da fome e da desnutrição. O continente necessita de um crescimento inclusivo e de políticas centradas nas pessoas e na segurança alimentar", afirmou a administradora do Pnud, Helen Clark, em comunicado.
Essas declarações marcaram a apresentação do "Relatório do Desenvolvimento Humano de África 2012: Em direção a um futuro de segurança alimentar", elaborado pelo Pnud e divulgado hoje na sede da ONU na capital queniana.
O documento aponta que a desnutrição afeta um quarto dos 856 milhões de habitantes da África Subsaaariana, que continua sendo "a região de maior insegurança alimentícia do mundo". "Neste momento, mais de 15 milhões de pessoas estão em risco somente em Sahel (...) um número similar ao registrado no Chifre da África, que continua sendo vulnerável após a crise alimentícia do ano passado em Djibuti, Etiópia, Quênia e Somália", ressalta o texto.
Essa situação entra em contradição com "as elevadas taxas de crescimento registradas na África Subsaariana nos últimos anos, algumas delas entre as mais rápidas do mundo, e com as melhorias da esperança de vida e da escolarização, que não resultaram em uma melhora da segurança alimentar".
Além disso, o relatório ainda exalta "um duro paradoxo: em um mundo com excedente de comida, a fome e a desnutrição continuam onipresentes em um continente com grandes recursos agrícolas", disse o diretor do Pnud para a África, Tegegnework Gettu.
De acordo com Clark, a construção de um futuro com segurança alimentar na África só será conquistado se "os esforços incluírem todas as políticas de desenvolvimento". Nesse sentido, o relatório pede que sejam aplicadas ações "imediatas", como o aumento da produção agrícola e uma maior justiça social.
A segurança alimentar, segundo a definição esgrimida na Cúpula da Alimentação de 1996, significa que "as pessoas devem ter acesso de maneira consistente e suficiente à comida nutritiva para satisfazer suas necessidades e poder levar uma vida saudável", lembra o relatório.

Agência AngolaPress
(Maria Aparecida)

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